Dados fazem parte do recém-lançado Anuário de Arquitetura e Urbanismo 2018 do CAU/BR.
Arquitetos e urbanistas realizam cada vez mais atividades ligadas a projeto e execução de reformas. Em 2017, o crescimento foi de 13%, segundo dados do Anuário de Arquitetura e Urbanismo, publicado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). O CAU/BR registra e fiscaliza o exercício profissional de mais de 156.000 profissionais em todo o país. O Anuário traz todas essas informações, nacionais e estaduais, em forma de mapas, tabelas e gráficos, criando um retrato fiel do mercado de Arquitetura e Urbanismo no país.
No caso das reformas, um dos motivos para o crescimento é a Norma de Reformas da ABNT, publicada em 2014, determinando aos moradores de condomínios que apresentem laudo técnico assinado por engenheiro ou arquiteto e urbanista e autorização expressa do proprietário antes de começar qualquer obra. Foram quase 112.000 atividades de reforma feitas por arquitetos em 2017, sendo que o crescimento é maior nas Execuções de Obras de Reformas que nos Projetos de Reforma.
Enquanto os projetos de reforma cresceram 12% desde 2015, as execuções de obras de reforma cresceram ainda mais: 31%. “Os arquitetos estão começando a se inserir também nesse mercado, levando serviços de melhor qualidade à população de baixa renda”, afirma o presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães. ‘É uma maneira de combater o problema do déficit de habitação no país e ajudar na reorganização dos espaços urbanos, atendendo às demandas das cidades e impactando também na saúde pública e no saneamento.”
O crescimento da demanda por serviços de reformas puxou uma alta de 2,5% no mercado de Arquitetura e Urbanismo. Em São Paulo, onde se concentram um terço dos profissionais em atividade no Brasil, o crescimento foi de 7%. No total, arquitetos e urbanistas prestaram 1,4 milhão de serviços diferentes no ano passado. Esses números confirmam a retomada do setor, após dois anos ruins – em 2016, as atividades realizadas por arquitetos e urbanistas chegaram a cair 10% em relação ao ano anterior. “A ideia de uma arquitetura para todos é um dos motivos para esse momento de valorização”, afirma Luciano.
Diferenças regionais
A Região Norte foi a que mostrou maior crescimento: 9% mais atividades do que em 2016. Na sequência vêm o Centro-Oeste, com crescimento de 6%; Sudeste, com 4%; Nordeste, com 3%; e Sul, cujo número de atividades caiu 1%. Chama atenção, no Brasil todo, o aumento nas atividades ligadas à execução de obras: 6% a mais que no ano anterior. Já as atividades ligadas a projeto arquitetônico cresceram menos, na ordem de 1%. Essas duas atividades, projeto e execução, correspondem a 85% das atividades realizadas por arquitetos e urbanistas em 2017.
O Anuário de Arquitetura e Urbanismo também mostra o crescimento de 8% do número de profissionais atuantes no Brasil. Só em 2017, entraram no mercado mais de 10.000 novos arquitetos e urbanistas. O número de empresas de Arquitetura e Urbanismo cresceu ainda mais: 10%, chegando a mais de 22.000 organizações da área. Revela ainda os vencedores de 17 prêmios e 14 concursos públicos de Arquitetura e Urbanismo realizados em todo o Brasil. O projeto escolhido para a capa do Anuário, o Ateliê Wals, em Belo Horizonte (MG), venceu a 19ª Premiação de Arquitetura do IAB-MG. A autoria é do arquiteto e urbanista Gustavo Penna.
[Fonte: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR]