Com carga horária de oito horas, toda programação será realizada na sede da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (AEA) de Marília, a partir das 8h30 do dia 27 Uma das principais cidades turísticas do Estado de São Paulo, reconhecida pelo charme de suas pousadas e elegância de seus roteiros, Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, conseguiu identificar a fuga de investimentos numa determinada região do Município graças ao trabalho de medição do nível de pressão sonora. Estudo conduzido pelo professor doutor e engenheiro civil Luiz Antônio Brito, baseado em procedimento de medição que seguiu à risca a metodologia estabelecida pela NBR 10151, constatou que a atividade turística na cidade que abriga a residência oficial de inverno do governador de São Paulo apresenta uma elevação dos níveis de ruído do meio urbana e isso afeta a localidade. Principalmente por não oferecer as condições necessárias para novos investimentos nos ramos da hotelaria e da gastronomia. Esta é a síntese da acústica ambiental na prática. O tema amplamente explicado em curso que a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (AEA) de Marília e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de São Paulo realizam nesta quinta-feira, dia 27 de abril, a partir das 8h30, na sede da AEA (rua Mecenas Pinto Bueno, n.º 1.207). O treinamento, com carga horária de oitos horas, tem apoio do Sistema Confea/Crea e será conduzido pelo professor doutor Luiz Antônio Brito, engenheiro civil formado pela Universidade do Vale do Paraíba, mestre em Ciências pela Faculdade de Engenharia Aeronáutica do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e doutor engenheiro pela Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor do Programa de pós-graduação em Planejamento Urbano e Desenvolvimento Regional e do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Taubaté. As inscrições podem ser feitas no site oficial da AEA Marília, www.aeamarilia.com.br. Profissionais associados e estudantes universitários terão como entrada a doação de um quilo de alimento não perecível ou a doação de fralda geriátrica no tamanho GG. Não sócios têm taxa de inscrição no valor de R$ 100. As aulas começarão às 8h30 de quinta-feira, dia 27. Após intervalo para almoço, agendado das 12h30 às 13h20, as atividades serão retomadas às 13h30 e encerradas às 17h30. “Os principais tópicos do curso serão: propagação e atenuação das ondas sonoras em ambientes abertos, fontes pontuais e lineares, poluição e paisagem sonora, barreiras acústicas naturais e artificiais Normas ABNT e Cetesb para avaliação do ruído ambiental em indústrias, rodovias, aeroportos e outras fontes de ruído em geral. Abordaremos os requisitos mínimos de equipamentos para avaliação de ruído ambiental, bem como os procedimentos de medição e critérios de avaliação do ruído ambiental”, detalhou o engenheiro civil e professor doutor. Outros assuntos que serão enfatizados no treinamento serão os laudos periciais. Engenheiros, profissionais e técnicos que queiram trabalhar na área podem se inscrever no site da AEA Marília, clicando no menu ‘Eventos’. A NBR 10151 - que alicerçou toda a pesquisa do professor doutor Brito em Campos do Jordão - é a norma técnica que estabelece os procedimentos técnicos a serem adotados na execução de medições de ruídos de pressão sonora em ambientes internos e externos às edificações, bem como os procedimentos e limites para avaliação dos resultados em função da finalidade de uso e ocupação de solo. O estudo em Campos de Jordão, por exemplo, mostrou que, diante da poluição sonora, investidores que queiram injetar recursos na cidade turística, acabam procurando pontos que assegurem conforto acústico. Nestes pontos, mais afastados, são erguidos novos hotéis e restaurantes. O trabalho do profissional habilitado pelo Crea para a mitigação da poluição sonora ou para a elaboração de relatórios acústicos é de extrema relevância para evitar a degradação da poluição sonora e o excesso de ruídos. “O excesso de ruído nas grandes cidades é uma situação recorrente, que gera instabilidade no trabalho e na qualidade de vida, de modo que o silêncio e o sossego das cidades menores acabam sendo um atrativo turístico”, contextualizou no estudo o doutor Brito. Com expertise na área, o palestrante desta quinta-feira, dia 27, participou de 180 licenciamentos ambientais na análise da poluição sonora e vibração, diagnóstico, avaliação e mitigação, além de compor planos de monitoramento de aterros sanitários, indústrias e usinas. Informações sobre o Crea São Paulo estão disponíveis no site, www.creasp.org.br. O turismo, no caso do estudo liderado por Brito na cidade de Campos de Jordão, também possui um grande potencial de geração de energia sonora, o que leva a uma situação conflitante. Curso de Acústica Ambiental Professor Dr Luiz Antônio Brito 5ª-feira, dia 27 de abril 8h30 às 12h30 13h30 às 17h30 Inscrições: www.aeamarilia.com.br Apoio: Crea São Paulo